sábado, 25 de agosto de 2012

Festa da Broa

A 25ª edição da Festa da Broa, na Vila de Avintes, fez-nos andar perdidos pelos quelhos de Gaia, no Areinho errado para começar, o de Oliveira. Quando finalmente chegamos, após indicações sui generis, encontramos um recinto que se tem tornado muito comum em todas as terreolas: restaurantes das colectividades locais, com duas ou três barraquinhas de produtores da iguaria que dá mote à festa (como tinha acontecido com o festival da cereja). Provamos um Velhote (sem mal-entendidos, mas igualmente seco), e deliciamo-nos ao jantar com uma broa de avintes ainda quentinha. -JO
Andar perdidos teve a sua piada e não vamos perguntar... também, mesmo a perguntar saiu cada coisinha... andamos por cada quelho mais manhoso...  :P Ainda assim lá chegamos ao local. Valeu a pena pela broa quentinha ao jantar e pelo preço que foi simpático, cerca de 1,30€ cada broa. - AN

sábado, 18 de agosto de 2012

Teresa Salgueiro

A Teresa Salgueiro estava bem com os Madredeus, e estes com ela. A música a solo tem uma categoria própria, valorizável, com uma voz soberba como sempre, mas algo desaconselhável para uma noite de verão ao ar livre. Ou por ser intimista e portanto descontextualizada, ou por ser descaracterizada, deu-nos o sono, e tivemos de abandonar o recinto. Fica a memória dos Madredeus, até melhores novas. -JO
Eu (nós) esperava(mos) mais, muito mais, mas a artista a solo perdeu o encanto dos Madredeus e fui  vencida pelo sono. Acabamos a noite a caminhar à beira-mar sempre agradável e em boa companhia então  é top. - AN

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Cinema fora do sítio

Neste dia o filme projetado foi "Agentes Secundários", uma comédia norte-americana bem-disposta, divertida, direcionada para as massas e para a pipoca, como eu costumo dizer. Valeu umas boas gargalhadas. Quanto ao tipo de atividade foi sem dúvida uma experiência gira, cinema ao ar livre e num local emblemático da cidade. A partilha de uma manta sobre a relva molhada, debaixo de um céu estrelado e na melhor companhia... eu não podia querer mais nada. - AN
A noite ajudou, amena e estrelada. Uma americanice que apenas é suportável pelo contexto. Depois do drive-in, faltava esta experiência no currículo. E uma manta pode ser menos confortável do que uma cadeira de cinema, mas é uma situação memorável. A companhia tem é de ser a melhor. -JO

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ponto Beer

Temos experiência de compras em grupo, é uma forma de ficarmos a conhecer restaurantes sem grandes riscos de arrependimento pelo preço pago. Esta revelou-se um pesadelo, do qual nos tivemos de livrar. Foram 4 tentativas de marcação, só a última bem sucedida porque não deviam ter mais clientes marcados com cupão/voucher (a partir do momento em que quem atende sabe que é com voucher o tratamento é com desdém). O atendimento telefónico toca o insultuoso, o presencial é antipático. A compra era de “2 bebidas (cerveja ou copo de sangria)”, pedimos ambos “uma superbock”, levamos com um copo de 20cl de algo parecido. O horário não é 10-24h como anunciado, a cozinha só abre as 20h, quem atende diz ser melhor às 20:30h. Uma publicidade no exterior diz tratar-se de "a melhor francesinha do Porto" - desenganem-se, e se ouvirem quem o confirme é de quem desconhece muito: fresca na aparência, mas seca e desenxabida. Felizmente o pesadelo acabou. -JO
Depois de tudo o que o meu amor já escreveu não tenho muito mais a acrescentar... apenas um não recomendo de todo. - AN

domingo, 12 de agosto de 2012

Os Piratas!

«The Pirates! Band of Misfits» vem da companhia de animação Aardman Animations, que me conquistou há muitos cinanimas atrás com curtas como «Loves me, loves me not» ou a série "Wallace & Gromit». O argumento chega a ser divertido, e porque vi com a minha Dodo, é inesquecível.- JO
O filme é divertido e muito animado! Partilhado a dois ainda melhor e, se for com o nosso Dodo, é inesquecível e imperdível. - AN

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Sabores medievais

Um dos grandes motivos porque não deixo de ir à viagem medieval de Santa Maria da Feira é a oportunidade e me sentar à beira-rio a degustar uma sandocha de porco assado no espeto, ou de javali, ou um pão com chouriça quentinho de acabado de fazer, como foi o caso deste ano, regada(o) com sangria fresquinha. O plástico foi de improviso mas revelou-se um excelente recurso :-) -JO
Montamos a "tenda" literalmente à beira-rio, tiramos proveito da envolvência do espaço e deixamo-nos levar pelo ambiente. :-) - AN

Museu Convento dos Lóios

"O Museu Convento dos Lóios apresenta na exposição permanente os núcleos de Arqueologia, História e Etnografia, explicando a origem do Homem, a evolução e o desenvolvimento do vasto território administrativo que outrora, se designava por Terra de Santa Maria." Esperava mais e fiquei desiludida, contudo não posso deixar de referir que o espaço físico do convento é magnífico. - AN 
Este convento deixa muito a desejar no que toca às exibições no seu interior. Aproveitámos a entrada gratuita no decorrer na viagem medieval de santa maria da feira para as visitar, e a impressão que ficou é muito débil. A mania indiscriminada de proibir a fotografia no interior (a instrumentos de lavoura ou tanoaria, no caso) faz-me logo à partida desligar do museu, seja qual for, mas também funciona como incentivo, ou não fosse o fruto proibido o mais apetecido. Aproveitou-se a ideia da escrita com tinta e pena, à moda monástica, um scriptorium a decorrer quando da feira medieval, mas foi pouco mais do que isso, uma ideia. -JO

Viagem Medieval

Mais uma viagem medieval em Santa Maria da Feira, para mim a 7ª. De evento cultural popular, para angariação de fundos para as associações locais, passou a negócio, plenamente instalado agora. Feita com o trabalho de voluntários, com altos rendimentos para o comércio local e o município, passou contudo de gratuita a bem paga e isto só nos dois últimos anos. As canecas de sangria passaram a copos, os preços no recinto subiram em flecha. A cultura é elitista no nosso país, isso de a tornar acessível a todos é coisa de países mais desenvolvidos. Contudo, esta foi especial, a melhor de todas, apenas pela razão de a partilhar com o meu amor. As animações foram agradáveis, experimentamos quer de dia quer de noite o ambiente criado. -JO
Foi a minha estreia na viagem medieval por terras da Feira e adorei! Obrigada amor pela companhia e pela experiência! :-) Quanto à feira propriamente dita é engraçada e está bem conseguida. Na secção dos comes e bebes existe uma grande variedade, aconselho que se dê uma volta ao perímetro para ver as especialidades e os preços, sim porque estes podem duplicar em alguns stands. - AN

sábado, 4 de agosto de 2012

Queda D' Água

O restaurante Queda d'Água foi uma agradável surpresa pelo ambiente, serviço e música ambiente. A sangria de espumante estava também muito boa e as pastas escolhidas: Fusili de Frutos do Mar e Tagliatelle de Gambas muito saborosos. A companhia essa uma constelação de estrelas! - AN
Este restaurante de Matosinhos tem um ambiente agradável, intimista no décor e iluminação, com pratos variados e um menu groupon que identificam aparte da ementa, onde incluem uma entrada (o pratinho de fritos tem sabor caseiro - um de cada, rissol de carne e de peixe, croquete, bolinho de bacalhau e perna de carangueijo), dois pratos de massa e sangria de espumante. Esta última estava muito boa. O atendimento foi simpático. -JO

Aqueduto, Igreja e Convento de Santa Clara

O convento de Santa Clara faz parte da paisagem vila condense, mas o que poucos sabem é que se encontra ao abandono e a degradar-se. Possui umas vistas fabulosas sobre o rio e toda a cidade e é uma pena não ser convertido num hotel de charme ou algo semelhante. Está-se a perder um monumento fabuloso! Desabafos à parte, a igreja de Santa Clara continua a ser utilizada com fins religiosos e são celebradas missas pelos menos às 18h ao sábado. No miradouro podemos ver uma panorâmica de toda a cidade, de uma parte do rio e umas vistas privilegiadas do aqueduto. - AN
Qualquer um destes monumentos impressiona por si só, em conjunto fazem um local mágico, retirado das páginas da imaginação. O estado de degradação no interior e em torno do convento é profundamente lamentável. -JO

Capela de Nª Sª do Socorro

Esta capela tem um ar mourisco e misterioso! É uma capela pequenina rica em típicos azulejos portugueses e no seu exterior podemos admirar as belas vistas sobre o rio Ave. - AN
... e o sol desmaia na cal / da capela a branquejar / da senhora do socorro / onde sonhei me ir casar (josé régio). A capela de Nossa Senhora do Socorro, em Vila do Conde, é uma construção que parece deslocada na geografia, decorada no interior em azulejos, e com uma excelente vista. As ruas envolventes transportam-nos no tempo. -JO

Nau quinhentista

A nau quinhentista em Vila do Conde é uma réplica fiel das naus portuguesas que deram novos mundos ao mundo. Através da sua visita conseguimos perceber as condições difíceis em que viviam os marinheiros e o caráter nobre e corajoso com que se faziam ao mar. A nau tem um aspeto frágil e estranho mas consegue transmitir aos visitantes o ambiente marítimo. - AN
Sentem-se as condições precárias a que se sujeitavam os marinheiros. Só não se sente muito o bambolear nas águas porque está cheia de calhaus para o efeito. Apesar disso, a própria configuração côncava  distorce um pouco a nossa perspectiva espacial. Uma visita didáctica e muito engraçada, a preço muito acessível também. -JO

Alfândega régia e museu de construção naval em madeira

Aqui encontramos a recriação perfeita do movimento da alfândega e de todos os produtos transacionados, além de algumas réplicas de navios construídos nos estaleiros vila condenses. - AN
Os bonecos ajudam, e muito, a contextualizar a ação que facilmente imaginamos aqui ter-se desenrolado. Não houve muito tempo para alongar a visita. 1,04 € é preço de visita à alfândega régia de Vila do Conde, que inclui a nau quinhentista, logo uma surpresa agradável; o pormenor dos 4 cêntimos é bem-vindo numa era atual massacrada à custa dos arredondamentos. -JO

Igreja matriz e ruelas de Vila do Conde

A igreja matriz de Vila do Conde é imponente com as suas três naves. Tem um interior riquissimo e que vale uma visita mesmo para aqueles menos interessados. O pormenor das gárgulas à entrada é delicioso. Faltou-nos visitar o museu de arte sacra que já se encontrava fechado e ficará para "segundas núpcias" como diz o meu amor. Quanto às ruelas típicas, encontramos verdadeiros achados e cenas bem pitorescas, exemplos disso são um jardim de laranjeiras e casas seculares recontruídas ao pormenor. - AN
Todas as igrejas são diferentes. A impressão medieval desta está muito vincada. O púlpito a meio destaca-se com pormenores belos. Por algumas poucas ruelas estreitas, de calçada, com portas pequenas para casas e casinhas, somos transportados no tempo. -JO

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Bar do Hotel Dom Henrique

Numa quente tarde de verão o meu amor levou-me a este bar no 17.º andar do Hotel Dom Henrique, em pleno centro da cidade do Porto. Confesso que não conhecia, mas fiquei bastante agradada com a ideia e com as imagens que vi(mos) na página do hotel. As vistas são fantásticas, em especial do deck panorâmico. Tivemos a sorte de estar sozinhos e partilhar o momento apenas a dois. O serviço é simpático e os preços são o normal para este tipo de bar (ou seja, são o dobro ou o triplo de um bar dito normal).  - AN
Tenho vertigens em sítios de elevada altura, logo o que poderia ser melhor do que por-me num 17º andar separado do abismo apenas por umas placas de vidro e sentar-me numa cadeira alta bamboleante? O Porto surge como uma cidade velha e suja, desordenada, com os seus ex libris escondidos de timidez no meio da confusão de telhados de todas as cores. Ainda assim, alguns pormenores saltam à vista pela sua beleza. Lembrava-me de aqui (entre paredes, apesar de tudo) ter tomado um chá há muitos anos atrás. Desta feita um refresco diferente na melhor companhia possível. -JO

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Bar do Homem do Leme

De tantos locais na zona da Foz escolhemos um local pobrezinho no espaço físico, no atendimento e no menu. Os únicos pontos positivos foram termo-nos abrigado da chuva de verão que caía e a companhia um do outro. - AN
Que trauma! Ainda sinto o cheiro dos desinfectantes da minúscula casa de banho (cubículo é termo mais adequado) por ausência de autoclismo. Nada foi ali renovado desde a abertura em 1900 e troca o passo, excepto um televisor lcd. Creio que até o pão da torrada é do dia da inauguração, tão rijo estava, já para não falar do seu minúsculo tamanho. Chá de limão com partículas pretas flutuantes foi um pormenor assinalável, e o meu amor demonstrou coragem. A evitar. -JO

Jardim da Cordoaria

O jardim da Cordoaria é um local especial para o meu amor, nem sempre pelos melhores motivos. É um jardim simples mas agradável para descansar um pouco ou apenas dar um pequeno passeio pelo seu interior. - AN
Já lá estudei, já lá fui assediado, já lá fui assaltado. Eram outros tempos e outra configuração a do jardim. É um pequeno recanto verde no coração da cidade, um poiso de descanso rápido. -JO

Casa do Infante

A Casa do Infante é provavelmente dos edifícios mais antigos da cidade. A entrada e a pequena exposição são interessantes. A visita ao museu fica para "segundas núpcias", como diz o meu amor. - AN
Os espelhos confundem. Mas para organizar paredes, nada melhor. Os tectos de barrotes são-me familiares. A arte em exposição no arquivo nem por isso. Seguir-se-á o museu. -JO

Edição 23.03.2013 - Hoje, finalmente, visitamos o museu e conseguimos fazê-lo ouvindo o concerto de música clássica que lá decorria. Os vestígios e os mosaicos em exposição são importantes para percebermos melhor toda a história da cidade do Porto desde os tempos da ocupação romana. - AN

O espaço podia estar melhor aproveitado. Apreciei em particular a maqueta do Porto histórico, bem conseguida. -JO

Museu do carro eléctrico



O Museu do Carro Elétrico está instalado na antiga Central Termoelétrica de Massarelos e mostra bem a história dos transportes urbanos sobre carris da cidade do Porto. O espólio é interessante e está bem conservado. O meu preferido é sem dúvida um exemplar dos carros americanos, de tração animal, que circularam pela primeira vez no Porto em 1872. - AN
O museu está bem organizado, proporciona uma visão do historial dos transportes colectivos movidos a electricidade (depois dos cavalos e bois) na cidade do Porto (pena não estarem lá os trolleys laranja que ainda vi circular, mas está um vermelho), mas é carito. Apreciei em particular ver os bilhetes que até eu cheguei a coleccionar, as recomendações de civismo e profissionalismo, e alguns apetrechos ligados à vida dos trabalhadores. -JO

Eléctricos do Porto

Andar de carro eléctrico no Porto é ser transportado num monumento. Regressar a um passado não tão distante como isso. Contrariamente à fama dos condutores da STCP (e que ajudei a propagar por testemunhos pessoais), os dos eléctricos são simpáticos e prestáveis. Na linha da batalha até participamos no mudar da disposição dos assentos. Tenham cuidado com partes corporais do lado de fora da janela, as tangentes são mais do que muitas. Há bilhetes para todos os gostos. É pena que o porto card já não dê para os eléctricos, jogada mercantilista, claro está, com a individualização do produto turístico no «porto tram city tour» (gostava de ver os tripeiros dizer isto, é lamentável que só se pense em inglês agora). -JO
"Andar de carro eléctrico no Porto é ser transportado num monumento!", disse o meu amor e com muita razão. Nós optamos por passar o dia a passear pelas três linhas existentes: Infante/Passeio Alegre/Infante; Massarelos/Carmo/Massarelos e Carmo/Batalha/Carmo. A linha do Infante é a melhor na minha opinião, tem o percurso mais longo e interessante já se que se estende pela frente ribeirinha.  As outras duas  linhas são mais citadinas e de percurso mais curto, ainda assim bastante interessantes. Recomendamos que comprem o bilhete de 24h por 8€, têm acesso ilimitado às viagens em todas as linhas e à visita do museu durante 24 horas. - AN